Após a reunião reservada com o presidente Michel Temer na manhã deste domingo (27), ministros do gabinete de crise estão na expectativa do fechamento de um novo acordo com os caminhoneiros.
Antes do encontro com o presidente, os ministros do grupo se reuniram para fazer uma avaliação dos desdobramentos da greve.
Cogitou-se, então, de o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) voltar para São Paulo, onde esteve na noite de sábado, para fechar o novo acordo com os caminhoneiros.
Mas, na reunião com o presidente, decidiu-se que o ministro irá somente depois de fechado o acordo. “Não poderia ficar sem comunicação durante três horas hoje enquanto estivesse voando”, disse Marun ao justificar a permanência em Brasília.
A percepção no governo é que se abriu uma interlocução importante entre o governador Márcio França (PSB) e líderes dos caminhoneiros.
Como resultado da reunião em São Paulo na noite de sábado, Marun levou para Brasília as propostas de um novo acerto com os caminhoneiros, entre as quais:
- garantia de que o desconto de 10% no valor do diesel chegue na bomba
- ampliação do prazo de vigência do desconto no preço do combustível de 30 para 60 dias
- suspensão do pedágio em todo país para eixo elevado dos caminhões, medida já acertada pelo governo de São Paulo com os caminhoneiros.
Essas propostas estão agora sob análise da equipe econômica do governo. Neste domingo, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, estiveram no Palácio do Planalto discutindo o assunto.
Ao blog, o governador Márcio França demonstrou otimismo. Questionado sobre as chances de um novo acordo, disse que é “de 99,99%”.
Na última quinta-feira, o governo fechou um acordo com representantes de entidades do setor de transporte de carga, que acabou não sendo cumprido, e depois identificou ter escolhido os interlocutores errados.