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Críticas de Lula ao BC são reposta à declaração política de Campos Neto, diz Otto


- Crédito da Foto: Jamile Amine/bahia.ba - Publicado em: 8 de julho de 2024


Senador defendeu o presidente diante do fato de a imprensa nacional atribuir às suas falas o impulsionamento na alta do dólar

 

O senador Otto Alencar (PSD) afirmou nesta segunda-feira (8) que as críticas do presidente Lula (PT) a Roberto Campos Neto são uma reação política à recente declaração do presidente do Banco Central, de que aceitaria ser ministro da Fazenda em um eventual mandato presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos), hoje governador de São Paulo.

“Ele [Lula] tem dito algumas coisas em contraponto ao que Campos Neto fez. Campos Neto foi para uma reunião em São Paulo, se fez de brincadeira ou não, disse que poderia ser secretário da Fazenda de Tarcísio de Freitas. É uma declaração política, e politicamente Lula respondeu a ele”, declarou Otto em entrevista à rádio Metrópole.

O senador baiano também defendeu o petista diante do fato de a imprensa nacional atribuir às suas falas o impulsionamento na alta do dólar e o cenário de incertezas sobre os gastos do governo.

“O que a grande mídia fez foi pagar as declarações do presidente Lula como se ele não fosse atender ao que está no arcabouço fiscal. Depois, ele teve que dizer: ‘Quero que siga o arcabouço fiscal. Eu não vou fazer gasto que não esteja dentro da legislação’”, afirma.

“Até porque, se fizer, ele descumpre a lei e pode ir pro impeachment, como foi Dilma [Rousseff, ex-presidente].”

Para o senador, os jornais não deixam claro que Lula está preocupado com as decisões do Banco Central de manter a taxa de juros acima de dois dígitos mesmo com uma inflação sob controle.

“Ele [Campos Neto] mantém o juros em 10,25%. Esse juro já devia ter caído a menos de dois dígitos, para 8,5%, 9%. O que acontece? Por que a inquietação do presidente Lula? Porque, para cada pontinho desse juro, o governo paga, a mais, R$ 70 bilhões por ano. Se aumentou o juros, o governo está tomando para financiar suas atividades, ele vai pagar mais juros. o serviço da dívida aumenta. A inquietação do presidente é essa.”

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