Publicado em: 20 de maio de 2018
Relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin considera a possibilidade de ouvir novas testemunhas antes de decidir sobre a validade da delação da J&F. O acordo inclui os irmãos e sócios Joesley e Wesley Batista e os empresários Ricardo Saud e Francisco de Assis. Segundo informações do G1, o magistrado também vai decidir se autoriza a produção de mais provas. Isso deve acontecer nos próximos dias, já que na última sexta-feira (18), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, devolveu o processo ao ministro, defendendo a rescisão do acordo – como contrapartida, os delatores obtiveram imunidade penal . No entanto, eles são acusados de omissão e má-fé por não terem informado a suposta orientação prestada pelo procurador Marcello Miller quando ele ainda trabalhava no Ministério Público Federal (MPF). De acordo com a publicação, o material nas mãos de Fachin é composto por documentos e mídias em mais de 2.700 páginas, com 11 volumes e 23 apensos, nome dado a provas complementares que foram entregues pelos empresários. Definidas há um ano, quando Rodrigo Janot era o titular da PGR, a delação originou a Operação Patmos, que investiga supostos repasses do grupo empresarial a nomes como o presidente Michel Temer (MDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).