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Professor de Feira de Santana está entre os vencedores de concurso nacional de dramaturgia


Publicado em: 9 de julho de 2022


Professor de teatro há mais de 27 anos, Geovane Mascarenhas é natural do município de Itaberaba, mas mora em Feira de Santana

Professor de teatro há mais de 27 anos, Geovane Mascarenhas é natural do município de Itaberaba, mas foi em Feira de Santana, que impulsionou a carreira profissional na área da arte.

Geovane participou do II Concurso Nacional de Dramaturgia Flávio Migliaccio, que tem como proposta, a valorização do autor teatral, e conquistou o terceiro lugar na premiação.

Para o professor, a arte salva vidas, e mesmo sendo uma área pouco valorizada, continua lutando para que a cultura tenha o merecido reconhecimento.

“Trabalhar com arte é muito difícil, claro que todo mundo entende que cultura infelizmente fica em segundo plano, mas como eu acredito muito na potência da arte, como eu acredito que a arte salva vidas, eu continuo labutando porque realmente eu amo o que eu faço, e acredito na potência que é a cultura e arte no Brasil. Eu sou natural do município de Itaberaba e comecei um grupo de teatro lá da minha cidade, mas depois vim fazer o curso de Letras na Uefs. A partir daí, comecei a fazer peças de teatro dentro da própria Universidade, já trabalhava com teatro, e resolvi trazer o teatro para área das letras e nesse período, o Cuca foi inaugurado e eu fui convidado para poder ministrar oficinas lá no Cuca e desde então não parei estou lá até hoje”, contou.

Segundo Geovane Mascarenhas, a experiência com a escrita, ainda é pouca, mas foi na tentativa e no desejo em querer participar do concurso, que garantiu a terceira colocação.

“Eu comecei a escrever há pouco tempo, eu lancei um livro, mas com dois textos adultos, que se chama ‘Feira em Teatro’ esse livro traz duas histórias que são histórias baseadas na história de Feira de Santana, é a cidade da Rua Direita, que conta um pouco ali da Conselheiro Franco, Feira de Santana lá da década de 30 e um outro texto chamado Quitéria, que conta a vida da nossa heroína a Maria Quitéria. Esses dois espetáculos já foram montados pelo grupo cordel, e aí eu montei comecei a trabalhar agora com o infantil. Eu já trabalhava com crianças e comecei a escrever para o público infantil, deu certo, soube deste prêmio, resolvi fazer a inscrição e conseguimos”, relatou.

O nome da obra vencedora se chama ‘O sumiço do galinho que quiriquiqui’.

“Eu me inspirei muito naquelas músicas infantis, borboletinha, o sumiço do galinho, essas músicas que a gente conhece e que faz parte da nossa infância. A história é toda construída em cima disso, é uma história de uma menina que perde seu galinho de estimação, ela sai em busca deste galinho e encontra outras coisas nesse trajeto. Ela se descobre na verdade neste trajeto”, explicou.

Ainda de acordo com Geovane, foi uma surpresa em ter sido premiado, competindo com tantos autores espalhados pelo Brasil.

“A gente sempre tem uma expectativa, mas a gente não tem noção justamente porque a gente não sabe como é a concorrência. Eu sei que um concurso como este, traz grandes escritores do país todo, tem gente importante, gente que já faz isso há muito tempo, e de alguma forma, eu já não tenho tanto tempo. Eu tenho muito tempo de teatro, mas não tenho tanto tempo com autoria de livros para o público infantil, então eu falei, vou tentar pra ver o que é que acontece e deu certo. Este prêmio é muito importante nesta área de trabalho, porque é uma peça de teatro escrita, justamente na intenção de ser montado por um grupo de teatro. Estávamos concorrendo aí com pessoas grandes autores, grandes escritores de todo o Brasil, tinha gente de todas as regiões do país, e felizmente, eu trouxe o terceiro lugar para Feira de Santana”, destacou.