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Wagner vê ‘falha de entendimento’ de PF sobre superfaturamento de obra


Publicado em: 26 de fevereiro de 2018


Foto: Rodrigo Aguiar / bahia.ba

Investigado por recebimento de propina ligado à construção da Arena Fonte Nova, secretário de Desenvolvimento Econômico diz que não há superfaturamento em parceria com iniciativa privada

Fernando Valverde / Rodrigo Aguiar

O ex-governador da Bahia e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner (PT), classificou as denúncias divulgadas pela operação “Cartão Vermelho”, deflagrada contra ele nesta segunda-feira (26), como “infundadas” e que só serviriam para “virar manchete de jornal”.

Em entrevista coletiva, o petista refutou a informação de que teria recebido R$ 82 milhões de propina para a campanha do governador Rui Costa, em 2014. “Eu não sei de onde eles tiraram aquele valor de R$82 milhões e acho estranho que antes da investigação chegar ao fim, alguém já se pronuncie nesses termos. Eu tenho mais de quarenta anos de vida pública, tive oito anos como governador, e o empresariado baiano é a minha maior testemunha de como é que nós agimos aqui”, afirmou.

De acordo com relatório da PF, o dinheiro teria sido desviado a partir de um contrato de licitação com a Fonte Nova Negócios e Participações (FNP) para a construção da Arena Fonte Nova. Se o órgão diz que houve superfaturamento na obra, Wagner afirma que há uma “falha de entendimento” do mesmo, junto ao Tribunal de Contas do Estado, do que pode ser enquadrado como tal.

“Há uma incompreensão da Polícia Federal, assim como houve do Tribunal de Contas do Estado, do que é uma PPP (Parceria Público-Privada) e o que é uma obra pública. Não existe superfaturamento em PPP. Nós contratamos a PPP do estádio para entregarem o estádio. O valor da Arena Fonte Nova está entre os mais baixos entre os estádios da Copa de 2014 e há pronunciamento do TCU dizendo que os preços estão absolutamente normais”, ponderou.

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